quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Memória I

Ganhei um pianinho de madeira clara, bem pequenininho, quando era criança.
As partituras foram por mim recortadas como se fossem figurinhas de um álbum.
Antes mesmo que tivesse a chance de rearranja-las ao meu bel prazer, minha mãe chegou, e explicando a utilidade do livretinho disse que assim, recortado, de nada ele valia.

Desde então creio que nasci para compor.


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Pecilotérmica e fotossintética

Todas velhas novidades, e se já não possso mais transbordar, que fazer?
Penso em técnicas, e puxo as cordas... dou nós...
Pulo, e penso no peso dos pés,
ou na força das pernas.
(Seriam elas mais fortes que a boca?)

São paisagens em reflexos
(e eu acho que já li essa frase em algum lugar)
E em um segundo, posso voar. Como nos sonhos.
O reflexo.... esse jogo de ver, Ser e ter.

O vento assovia lá fora, e isso não é nada tranquilo.
Porque se lá venta, aqui transborda, já disse!
E se lá fora já não faz sol, sem luz,
enxugo o vermelho que me sobe os pés, enquanto me contorço em mais uma nova e dedicada melodia.

Todos (atirando-se no chão, entre risos): Miiii-aaaau!!!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Rá: o Retorno!

Como o perfume das laranjeiras em flor, volto. Cafona certas vezes, mas volto.
E volto porque posso ser ... novamente. E volto porque novamente tenho sentido, visto e ouvido tudo, porque afinal, talvez seja esse mesmo o movimento. O movimento da onda: vai...chuá... e vem... chuá... e vem....
Nessa, nasceu a pestana. Nessa, arrisco meu primeiro dedilhado.
Nessa, paro na apresentação de uma orquestra Sinfônica a perceber como é estranhos homens usarem sapatos: já pensou que lindo, se estivessem todos descalços?

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