domingo, 17 de março de 2013

Felizmente ainda aqui!
Escrevo como forma de garantir a permanência dessas palavras - desse tempo - mais um tempo no ar.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Para não fugir dos clichês nem em um momento tão solene

É enquanto todos dormem e a casa silencia que ela, sozinha, escava fundo na carne, pêlo. Escava pelo fundo da carne.
O meu amor é aquele das cigarras
Faz gritar que faz, verão! "Faz gritar" que faz verão.
Eu sou daquele tipo que não desiste,
que quando desatina é só pela rima. (Mesmo quando rima não há)

Sem concordância as idéias buscam o silêncio.

Este é o fim. Tardio, mas é o fim.
Deveria ter terminado no dia do tudo igual quando a lampada queimou à meia noite. "No dia do tudo igual".
Agora é hora de roteiros e de acordar: algum despertador toca pela casa. Daqui a pouco o som das tábuas do chão. Cheiro de madeira.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Minhas iniciais parecem um fósforo apagando na água.
Eu estou completamente tremendo por dentro, sentindo frio e uma ansiedade furiosa. Coração disparado, comi cachorro quente com pimenta e creme de ervilha assim, um depois do outro. Fome e cansaço, o coração disparado de novo. Não consigo responder à nada, mal dá tempo de desconcentrar, perceber-se entre uma etapa e outra do dia.
... As vez parece uma onda. Eu sinto o ar faltando enquanto as mãos apertam meu pescoço e começo a rir. De que?, pergunto, sabendo que não saberei jamais a resposta.
Essa noite eu sonhei que tinha um mini bebe (to tamanho de uma Fofolete) e que ele fugia por tudo, e que eu gostava dele tanto quanto tinha gostado dos meus cachorrinhos de infância. Depois que acordei, passei todo o dia chorando porque tinha perdido o bebe mini do sonho. Estranho. As vezes quando eu era criança, sonhava que ganhava no programa "Porta da Esperança" do Silvio Santos a coleção completa das bonecas da Barbie.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Otempopatrolameesmagaemalpossorespirar.
Pela primeira vez penso que isso (aqui) possa estar chegando ao fim. Já dissemos tudo (eu e ela), e de extremos a extremos andamos por todos os lados.
Me patrolaeesmagatudo e eu não encontro mais desajuste nenhum aí, porque já está TUDO fora do lugar: cabeça, pescoço, sapato, folhas e caderninhos.
Precisava de uma foto. Daí sim tu ia ver.
Mas passa, "Isso é assim mesmo", passa. Basta jogar algumas coisas fora (mesa, cadeira), e juntar mais alguns livros.
Será que ainda dá pra sentar no chão?
Ai. Suspiro 1, suspiro 2. Quem sabe contando não ajuda?
Agora que é preciso dizer tudo, de forma clara (explicadinho e preciso!), me perco nas infinitas possibilidades e estanco, não progrido.
Mas passa. Talvez seja assim mesmo.
Se lá a ordem me toma, se entre outros me é possível articular as partes, porque Senhor, porque é tão difícil fazer o mais fácil?
Preciso de um lugar para passar noite, porque aqui não dá mais pra ficar, nem pra voltar, nem para estar, pelo menos até que as coisas decidam sua ordem, pelo menos até que se encontre a pergunta, pelo menos até que passe essa fase, enquanto uma ideia melhor não surgir.
Um varal de fotos, ou uma parede colorida?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


Gostaria de te matar, e te odeio tanto em alguns momentos. Isso é o que eu digo então.
O sangue, os pedacinhos de tu. E depois sexo comigo mesma sobre teus restos mortais.
Suja de sangue (não, eu não consigo e nem quero abandonar os clichês). Colocaria a mesma música. A mesma música. A mesma música, ela, sempre ela, Louca na matinê.
Depois me mataria. Mas de mentirinha.
Deitada a lado das tuas partes, dormiria em paz (até que não formigassem meus pensamentos).
Lembrei de um filme, play novamente.

Espaço em branco. Eu ali, dormindo ao lado de quem já foste um dia. Sinto saudade, amor, e choro por não estares de fato ali, ao lado meu, enquanto o Cigano nos faz flutuar no salão de Atos.

Nós que sentimos, e eu querendo saber porque tenho que doer as vezes.
Daí que não me calo (em palavras ao menos!), e em casa repito o fenômeno do sal da lágrima que faz coçar minhas bochechas.
Não devia. Mas preciso.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Pequeno ensaio do novo que será "Quando eu começar a dizer tudo"

No tempo em que eu era louca, não podia deixar o dia amanhecer. Era preciso dizer tudo agora. Era necessário ordenar com urgência as garantias que eu teria ao concordar em me relacionar com o todo, o resto, o não-eu.

Antes de eu ser louca, porém, em nada me era permitido tocar. As coisas seriam sentidas ou pressentidas e seria fundamentalmente assim que eu passaria a compreender as minhas verdades.

Minhas verdades, sua verdade.

Nossa verdade. Ela, que não existe, e que requer construção.

Agora não estou mais louca. Aprendi a confiar em minha saliva e nos dois dentes que me restaram.

Boa noite.

Ps: com início, meio e fim! Dale!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Saudade

Cotidiana e sistematicamente tentando te esquecer.
Tua ausência é tão presente que não permite escrever nada além desse clichê barato.
De manhã quando viro a esquina, no trem que me leva de Rosário a Buenos Aires, e a noite (na hora do "chá com bolacha Maria").
Do humor peculiar e do "iiiiiii" bem alto.

tu tu tu...

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