quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Com o sol, em uma manhã fria de verão...

Penso em pão com margarina e Margaridas sobre uma toalha xadrez. 
Penso nos Maracujás. Discuto sobe a impossibilidade de contínua produção com qualidade versus a impossibilidade de se produzir algo de qualidade sem uma contínua produção. A prática exige riscos... 
Lembro de outras manhãs, da fruta colhida do pé caído... Aquela imagem de felicidade que não acaba nem quando sol vai dormir: aí sim... hora de "violar" cantando um Mi e um Lá. Depois, com sorte, teria sede sufciente para secar o rio a conta gotas: de dois em dois litros...
...
Faria um redemoinho de vento (digno de um Saci!) da sua saia.



domingo, 18 de janeiro de 2009

Na Noite de 11 de novembro de 1872, na comarca do Serro Frio, em Minas Gerais, deram-se fatos de pavoroso suceder...

Um desaforo de orgulho e silêncio, deixando as frases escaparem ontem... Deveria ter corrido e anotado tudo no seu caderninho, pensava. 
Mas não.
Decidiu  ficar deitada quietinha, olhando as estrelas, sem dar explicação alguma...
Sabia que coisas precisam de tempo para serem digeridas...  Imagens em movimento e sensações!

...Cansada da sua necessidade de falta de clareza, e de transparência absoluta. Cansada e orgulhosa.
Orgulhosa e tola, criando artifícios de linguagem para contar "de forma enigmática" sobre o fabuloso filme que assistiu e sobre o (não menos genial) livro que lê aos finais de semana. 
Mas não.
Sabia que a magia estava na compreensão dos códigos e sinais; na sutilieza da comunicação.
Na comunicação do mundo: no conto escolhido ao acaso (o título!); na concordância sobre o machismo do Diplomata. Em plena suspensão, decidiu que assim as coisas pareceriam mais vivas, e compreendeu que esse processo só se torna possível diante de uma leitura ativa.

Sua dúvida era sobre sua necessidade de esgotar as coisas. Pois, se por um lado ninguém podia culpá-la por falta de detimento sobre "a obra", por outro, percebia que perdia muito tempo na mesma coisa, e sentia-se lenta.

Já se passaram quase duas horas até aqui... 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Gosto de cachorro de sarjeta que quando escuta a corneta...

Está comprovado que o que realmente importa é a prática efetiva. A constância. Tão chata...
Trabalho de formiga. 
O todo está nesse agora... 
Quem sabe um dia eu consiga equilibrar o gênio e o suor: o casamento perfeito entre a inspiração e a constância?
Eu penso...

... E sai(o) atrás do Batalhão!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Cumprindo promessas na marra!

-A diferença entre a Prenda e a Pomba gira, é o ombro!

***
Ultimamente, estava preferindo o silêncio. Por isso não dizia mais nada, nem fazia mais desenhos.
Mas tinha finalmente se organizado... isso sim! 
E se já não dizia nada, por outro lado, dobrava metais. E se já não fazia desenhos, por outro lado, picava folhas de jornal.
Fazia outros caminhos, provava novos pratos!
Percebia a clara linha entre o sonhar e o fazer. Entre o querer e o buscar...
Pensava ainda sobre o Tempo (agora), e o Medo. E também na prática da constância (ainda!), e da paciência, e na relação entre as duas.

A única coisa certa até agora: não podia ficar muda. Mesmo, sem querer dizer nada.



sábado, 3 de janeiro de 2009

A ouvir o arrulho jururu dos pombos no sapê

É preciso que todos acordem para me ouvir dizer que o mundo talvez tenha acabado, e que as pessoas já não são mais as mesmas.
Ela vive de metáforas, disse ele.
Nossa vida parece um filme, disse eu.

Existem tantas casas de muro baixo, e fachada rosada ainda para conhecer! E tantos abraços, que a sede de de voar dá um nó na garganta!
Qualquer comunicação já não é mais possível, e tudo, tudo é muito grave e certeiro. 
Absolutas...
... Certezas!!!!!!


Mas é que é tão fácil ser feliz, que em alguns momentos chega a ser triste... 
Atuar, assistir, calar... 

Eu separo folhas de louro de paus de canela, e sinto uma saudade.
Penso que a coisa mais bela nele, é a pura sinceridade nunca antes vista.

Agradeço pela chuva, pelo muro, pelas plantas nele, pela caverninha finalmente habitada.

É preciso que alguém acorde... 
É preciso que alguém diga verdades e vá buscar pão.
É preciso trabalhar na próxima semana, e na próxima e na próxima também.

Eu descubro que tenho pressa para acordar, e essa crença é uma prece.


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