domingo, 14 de dezembro de 2008

O Título é: uma canção!

Como em Joãozinho e Maria, e outros tantos contos de fada que já tinha lido, Ela.
Como luz, a chama de uma vela. Vela velha de esperança, dos tempos de Negrinho do Pastoreio.
A cada curva do velho corredor caracol (com paredes que bem poderiam) Ser de pedra, revestido dos mais diversos tipos de musgos... 
A cada curva e zunido sentia.
Como nas curvas em alta velocidade da estrada...

Indecifráfel... Vertigem!

Definitivamente não existem palavras suficientes para designar TODAS AS COISAS do mundo.
Eu finjo e existo nesse meu gesto minuto. 


"Passeava com dois amigos ao pôr-do-sol – o céu ficou de súbito vermelho-sangue – eu parei, exausto, e inclinei-me sobre a mureta– havia sangue e línguas de fogo sobre o azul escuro do fjord e sobre a cidade – os meus amigos continuaram, mas eu fiquei ali a tremer de ansiedade – e senti o grito infinito da Natureza."
Edvard Munch

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

E eu, distraído e sem medo...

Sentada na poltrona, fica impressionada. Se aquele senhorzinho foi ler Castro Alves (por achar pobres as suas composições), o que teria ela que?

Sonhava constantemente que encontrava uma nova porta na sua velha casa. “A sensação de surpresa quando encontro esse espaço é muito intensa: imagens de decorações novas. Penso agora em almofadas e luzes!.” A peça nunca esta vazia. Hora é pequena, hora é toda uma outra casa. Colada... Germinada à velha. “Esse espaço tem luz de cozinha!

"E descobri como um velho bandido
Que já tudo está perdido neste céu de zinco
Eu que só tenho essa cabeça grande
Penso pouco, falo muito e sigo pr'adiante
Descobri que a velha arca já furou
Que não desembarcou
Dançou na transação dormindo
E como eu fui o tal velho bandido
Vou ficar matando rato pra comer
Dançando rock pra viver
Fazendo samba pra vender... sorrindo"

Sérgio Sampaio

E por falar em Arca: estávamos no pôr do Sol. Eis que passa um Tubarão. E uma joaninha. E infinitos animais mais.

Nesse meio tempo uma oferenda atrai a pomba, que é completamente branca, e pousa na pedra, acima das velas. Ela pára ali por algum tempo, aproxima-se de nós. Nova pausa. Ela volta, e fica na portinha da gruta improvisada.

Seguimos.

O telefone toca, e descubro que a Brisa está para chegar. Felicidades!

Vemos agora o Rato, umas quantas fadinhas (fadinhas?), Abelha, Pato-Lino, Vaca, Girafa e Gambá.

Não tinha nenhuma Baleia...

 

... Indo pela rua.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Manjedoura d`Alma

Após exaustivas reflexões e exames estéticos, finalmente a descoberta:
Eram um casal de imigrantes, em terra nova.
Mais pelas medidas do que pelos trajes.

Pela manhã, ela sonhava com longos cabelos que deviam cheirar à Lavanda.
Andava no sol fraco e escarafunchava a terra da casa vizinha, em busca de ervas daninhas.
As Daninhas.

Sentia medo à noite. Sonhava com matos e velas.





Outro dia. Depois de pronta, já de aventalzinho e com o chão devidamente forrado com muitas folhas de jornal, pôs-se a construir estatuinhas de barro.

Era uma vez, meninos que dormiram no quintal. Ele cortava madeira. Abria os outros...
Mudaram-se para uma caverninha. Ela tinha uma oficina no armário embutido do quarto. Gostava de cantar, e eles dançavam juntos.

Arquivo do blog