quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Existe um nó. Ou, Singular, singular e plural.

Eu que te sustento em mim agora, quero que ressoes até o fim, com tuas cores e números e explicações, repercutindo em cada linha e em cada fibra. Quero que espalhe teus círculos: Tu, Pedra. Eu, Água.
Tu, Touro Bravo que monto em pelo.
Eu, ponto a ponto, passo por passo.
Invento e adivinho (como aquela que agora me enlouquece e que tem o mesmo nome de minhã irmã) os mais variados perfumes para enfeitar teus cabelos e nuca.
"Como depois de um dia inteiro tomando banho de mar".
Aliás, sobre o Mar: Os Tesouros serão todos de miúdas pedrinhas coloridas para mim, e de grandes pedras transparentes para ti.
Eu, que não sabendo o ano de publicação das novidades, me delicío com velhas notícias!
No exercício, tento permitir que o braço se erga sozinho, que o corpo flutue, lutando corpo a corpo com minha ansiedade.
É como ontem eu tentava te explicar: me sentia como deve se sentir um peixe que se debate todo no ar, corpo todo em busca d`água.
Eu quase caindo, Peixe, no teu olho.
Eu ainda, em ruas musicais que vão dar em mim mesma, escrevendo como quem improvisa passos de Tango.

Bailemos!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

As janelas são olhos a me espiar...

Medo e prazer.
Creio que seria mais apropriado te mandar um e-mail. Ser direta e pessoal.
Contudo, quando toda motivação em dizer alguma coisa gravita em torno de tua imagem (a que construí em mim), parece justo deixar meus devaneios por aqui, Terra de ninguém.

Tenho mania de repetir a última frase que escrevi antes de trocar de assunto.
Ela tem o hábito de repetir a frase que tinha escrito segundos atrás.
Havia também o hábito de repetir a última frase (escrita segundos atrás), antes de trocar de assunto.

Genial.

Suspensão na escrita (como na dança), para acolher uma memória.
(No que estaria ele pensando, naquele momento? Não havia sido bom(a) o suficiente para adivinhar suas intenções. Não importa. Sabia que dialogavam ;)

Genial.

Vício e obsessão, uma improvisação circular.
Nunca tinha reparado que aparentemente não tinha mãos.
Muito quadril.
Aliás: em uma festa tinha descoberto que a diferença entre a prenda e a Pomba gira é o ombro.
Hahahahaha

Eu pensei que estivesse cansada.
Garanto que lá fora piscam muitas luzinhas.
Garanto (olha o vício de novo! Quando não é frase, é palavra!) que a linha do horizonte está (neste exato momento, e só agora) avermelhada, anunciando que amanhã vai chover. De novo. E de novo.

Agora, e só agora, estou só.

01:16

domingo, 12 de setembro de 2010

Aquele abraço, Breton

Vou começar rasgando a minha roupa. Com as unhas, abrir um buraco bem fundo bem fundo no abdomem.
Porque pior é congelar.
Vou comer porcarias em série, vomitando com cuidado.
Oswald, Oswald, Oswald...
Opção, seleção, múltiplas escolhas.
Porque pior é não dizer nada.

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