terça-feira, 14 de setembro de 2010

As janelas são olhos a me espiar...

Medo e prazer.
Creio que seria mais apropriado te mandar um e-mail. Ser direta e pessoal.
Contudo, quando toda motivação em dizer alguma coisa gravita em torno de tua imagem (a que construí em mim), parece justo deixar meus devaneios por aqui, Terra de ninguém.

Tenho mania de repetir a última frase que escrevi antes de trocar de assunto.
Ela tem o hábito de repetir a frase que tinha escrito segundos atrás.
Havia também o hábito de repetir a última frase (escrita segundos atrás), antes de trocar de assunto.

Genial.

Suspensão na escrita (como na dança), para acolher uma memória.
(No que estaria ele pensando, naquele momento? Não havia sido bom(a) o suficiente para adivinhar suas intenções. Não importa. Sabia que dialogavam ;)

Genial.

Vício e obsessão, uma improvisação circular.
Nunca tinha reparado que aparentemente não tinha mãos.
Muito quadril.
Aliás: em uma festa tinha descoberto que a diferença entre a prenda e a Pomba gira é o ombro.
Hahahahaha

Eu pensei que estivesse cansada.
Garanto que lá fora piscam muitas luzinhas.
Garanto (olha o vício de novo! Quando não é frase, é palavra!) que a linha do horizonte está (neste exato momento, e só agora) avermelhada, anunciando que amanhã vai chover. De novo. E de novo.

Agora, e só agora, estou só.

01:16

Um comentário:

Monsieur Casmurro disse...

Onde pode haver mais urgência senão nas "piras" uma vez deixadas.
As folhas cristalizadas que ficaram separadas.
Sobra ainda o dom de ouvir com prazer em plena sintonia.
Resta ainda a sincronicidade forçando ondas sonoras ocultas.
Sonhos, lampejos, memórias, sorrisos e lágrimas. Tudo sobrou e restou, tudo se guardou, cristalizou.
Há urgência para a paz.

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