terça-feira, 30 de agosto de 2011

Pequeno ensaio do novo que será "Quando eu começar a dizer tudo"

No tempo em que eu era louca, não podia deixar o dia amanhecer. Era preciso dizer tudo agora. Era necessário ordenar com urgência as garantias que eu teria ao concordar em me relacionar com o todo, o resto, o não-eu.

Antes de eu ser louca, porém, em nada me era permitido tocar. As coisas seriam sentidas ou pressentidas e seria fundamentalmente assim que eu passaria a compreender as minhas verdades.

Minhas verdades, sua verdade.

Nossa verdade. Ela, que não existe, e que requer construção.

Agora não estou mais louca. Aprendi a confiar em minha saliva e nos dois dentes que me restaram.

Boa noite.

Ps: com início, meio e fim! Dale!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Saudade

Cotidiana e sistematicamente tentando te esquecer.
Tua ausência é tão presente que não permite escrever nada além desse clichê barato.
De manhã quando viro a esquina, no trem que me leva de Rosário a Buenos Aires, e a noite (na hora do "chá com bolacha Maria").
Do humor peculiar e do "iiiiiii" bem alto.

tu tu tu...

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