Eu estava apenas colhendo metáforas como quem colhe pêssegos maduros (os preferidos de minha mãe).
Estava apenas problematizando a altura do teto, ou a intensidade da luz.
Pausa.
Porque pede.
(Tinha sonhado com muitas gaivotas e oceanos azuis e areia de pedras graúdas).
Ah... o poeta! A diferença entre eles era a atenção então? Era tão fácil assim? Somente pedia-se que ficasse atento, que visse, que participasse criando depois.
Devia consumir o mundo?
Portas e janelas batem.
Céu escuro. Chuva.
Meus cobertores pesam toneladas.
Observar a recorrência. A repetição do que vem depois.
-Cardamomo, por favor!
E as coisas giram, como a roda gigante aquele dia.
E cada letra
de cada nome
daqueles que lia,
queimava
ardia.
(Som de fogos. Só para variar!)