segunda-feira, 28 de junho de 2010

Era você (além das outras três!)

Menina, eu não queria te assustar, e por isso que perguntei se estava tudo bem!
Eu estava apenas colhendo metáforas como quem colhe pêssegos maduros (os preferidos de minha mãe).
Estava apenas problematizando a altura do teto, ou a intensidade da luz.

Pausa.
Porque pede.
(Tinha sonhado com muitas gaivotas e oceanos azuis e areia de pedras graúdas).

Ah... o poeta! A diferença entre eles era a atenção então? Era tão fácil assim? Somente pedia-se que ficasse atento, que visse, que participasse criando depois.
Devia consumir o mundo?
Portas e janelas batem.
Céu escuro. Chuva.
Meus cobertores pesam toneladas.
Observar a recorrência. A repetição do que vem depois.
-Cardamomo, por favor!

E as coisas giram, como a roda gigante aquele dia.
E cada letra
de cada nome
daqueles que lia,
queimava
ardia.

(Som de fogos. Só para variar!)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Agora

Te liguei esse final de semana. Celular desligado. Percebo o quanto já não me pertences* mais, e a quantos muitos alguéns poderíamos pertencer agora. Agora que já não nos temos mais. Depois do susto, canto! Canto sim... canto porque lembro de o quanto já não te tinha, de o quanto praticava solidão acompanhada. Canto porque sei que eu tive um amor que nasceu e morreu sobre as montanhas tão distantes. Canto porque tudo o que eu queria era um relacionamento sincero, com aquela vida que brilhou na noite do dia em que enfiei a cabeça embaixo de uma bica, até ficar toda molhada, até ficar doente, e até ser recolhida como aquela moça do coração partido (sim, isso é uma outra referência) na tua cama.
Ouço Lay Lady lay sem parar, e em meu peito ainda soluça um verso. Sim. Meu coração é BEM grande!
Sim... tem coisas que eu nunca te disse, e nunca vou dizer. Talvez nunca as diga a ninguém.
Se tu quer que eu me exponha, aqui estou.

...

Sinto saudades da época em que uma roupa servia para me traduzir. Elaborações estéticas mais objetivas, eu tinha. Tinha mais certeza, mais gana, mas também mais medo.
(tinha?)
Corta recorta. Começar sempre é fácil, e o difícil mesmo é terminar.
Em algum momento é preciso que se jogue tudo, tudo, tudo fora.

Falando Sério.

*O Uso a da expressão "pertencer" é intencional, e relaciona-se à estética proposta pela artista.

sábado, 5 de junho de 2010

Hoje a lua estava feliz, e o céu estava claro como na manhã daquele domingo.

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