segunda-feira, 28 de junho de 2010

Era você (além das outras três!)

Menina, eu não queria te assustar, e por isso que perguntei se estava tudo bem!
Eu estava apenas colhendo metáforas como quem colhe pêssegos maduros (os preferidos de minha mãe).
Estava apenas problematizando a altura do teto, ou a intensidade da luz.

Pausa.
Porque pede.
(Tinha sonhado com muitas gaivotas e oceanos azuis e areia de pedras graúdas).

Ah... o poeta! A diferença entre eles era a atenção então? Era tão fácil assim? Somente pedia-se que ficasse atento, que visse, que participasse criando depois.
Devia consumir o mundo?
Portas e janelas batem.
Céu escuro. Chuva.
Meus cobertores pesam toneladas.
Observar a recorrência. A repetição do que vem depois.
-Cardamomo, por favor!

E as coisas giram, como a roda gigante aquele dia.
E cada letra
de cada nome
daqueles que lia,
queimava
ardia.

(Som de fogos. Só para variar!)

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