sábado, 3 de janeiro de 2009

A ouvir o arrulho jururu dos pombos no sapê

É preciso que todos acordem para me ouvir dizer que o mundo talvez tenha acabado, e que as pessoas já não são mais as mesmas.
Ela vive de metáforas, disse ele.
Nossa vida parece um filme, disse eu.

Existem tantas casas de muro baixo, e fachada rosada ainda para conhecer! E tantos abraços, que a sede de de voar dá um nó na garganta!
Qualquer comunicação já não é mais possível, e tudo, tudo é muito grave e certeiro. 
Absolutas...
... Certezas!!!!!!


Mas é que é tão fácil ser feliz, que em alguns momentos chega a ser triste... 
Atuar, assistir, calar... 

Eu separo folhas de louro de paus de canela, e sinto uma saudade.
Penso que a coisa mais bela nele, é a pura sinceridade nunca antes vista.

Agradeço pela chuva, pelo muro, pelas plantas nele, pela caverninha finalmente habitada.

É preciso que alguém acorde... 
É preciso que alguém diga verdades e vá buscar pão.
É preciso trabalhar na próxima semana, e na próxima e na próxima também.

Eu descubro que tenho pressa para acordar, e essa crença é uma prece.


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