terça-feira, 13 de abril de 2010

Fundo Branco, cursor piscante. Tela branca, pensamento vago, e aquela necessidade de transbordar.
É tão difícil sair do óbvio... continuar a dizer... a fazer... e sobretudo, a ver...
ver... ver... e ver...
...
Outono e saudade das noites quentes de verão. De quando tudo era diferentemente quente, e a gente lavava os cabelos com água gelada, enquanto derrubava (sozinhos) as portas.
Agora com esse frio... com esse frio não!
Com esse frio a gente bebe. A gente bebe e desvia o olho. Bebe, vira massa, carrega tijolo até acertar. Nesse frio a gente anda, anda e se desencontra (por 5 min!).

Nesse frio a gente deixa a roupa jogada. Nesse frio as canetas deixam de se mover sozinhas, os desenhos ficam menos coloridos.

Mas...

Nesse frio ainda tem desafio, e ansiedade. E erro, e acerto. E ver... e ver... e desviar.. e tornar a ver...
E fazer, e acertar, e errar de novo. E encontrar, e reencontrar, e conhecer. Ahh.... e descobrir...
E sentar. E respirar incenso até doer o nariz... até feder roupa, cabelo.
Que saudade do cheiro do verão!
Não que o cheiro do frio seja ruim... mas é diferente...
Não sei explicar!

É tão difícil sair do óbvio... fazer diferente...
Porque talvez seja natural sentir. Talvez seja...

Eu sonho em matos, e folhas. E em prédios que tem vida própria (como um conjunto! Isso!).
Eu sonho em muitas cores, e grito em muitas outras.
Eu corro, e me deito.
Grito em muitas cores, e sonho em muitas outras...
...
..
.

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