sexta-feira, 7 de maio de 2010

E sente saudades de si ante aquele lugar-outono...*

Tem o corpinho mole ainda, meu filho. É frágil, mais que a moça.
Tens medo?
Porque me olhas?
(Porque sei que olhas!) de cima para baixo.
Não sei.
Sobre isso
nada sei
dizer, informar, denunciar, propor, questionar.
Sobre isso
calo, fecho a porta.
Daí quando eu choro... quando eu choro, eu lembro do cheiro da piscina de plástico
"Abre todas as portas e que o vento varra a idéia
Que temos de que um fumo perfuma de ócio os salões..."
E também dos abacaxis e Parangolés.
Ufa!
Pausa para o coração bater?

*Hora Absurda, Fernando Pessoa


3 comentários:

Monsieur Casmurro disse...

Foda!

Silvana Rodrigues disse...

por que nós estamos com os parangolés na cabeça?

Pâmela Grassi disse...

parangolés, abacaxis,

cheiro da estética da tropicália,

Arquivo do blog