terça-feira, 14 de abril de 2009

Porque lia pouco, mas via o suficiente.

Ela ficou, então, naquela família.
Anos depois, já com filhos, pensava em como tudo poderia ter sido, e não foi.
Via na foto (aproximadamente só 6 anos de intervalo!) como:
1)Ela envelhecera. Aposto que passava as noites de sábado se revezando entre "A balada", e os pontos frouxos de tricô. Essa, especialmente, me faz pensar nequeles versos (César Costa/Aldir Blanc. Ela): "Passa a Páscoa em paz consigo, no quintal".
2)A Outra não: tinha a pele esticada pela mais Ultramoderna Maquinaria Química da Indústria dos Cosméticos. O Sexo também ajudava. Ela (aproximadamente só 6 anos!), tinha certeza de que a Outra andava pagando jovens garotos para saciar seu voraz desejo (que era infinito!) por sexo. Pelo menos, de todos, parecia a mais sinceramente feliz. 
Devia ser pelo Sexo.
3)E tinha Essa cuja beleza Natural era uma "dádiva" ao avesso. Essa, era tão ratinhamente feia, que... chegava a dar pena. 

Pararia por aqui.

(Falta pouco mais de uma hora para que a chave caia, e desliguem a luz.
Hoje, começa um novo espetáculo: são as especulações, os maldizeres.)

Pensava em como teria sido se tivesse optado pelas erupções. 
Se perguntava se teria tido aptidão e disciplina suficiente para conseguir tornar-se uma artista completa, de verdade!
Perguntava se devia mesmo se perguntar.
pausa.
Nesse exato momento, quase se arrependendo por de ter perdido tanto tempo pensando em tanta bobagem junto, percebe (num susto!) que o leite vira, e suja o fogão.


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