sexta-feira, 28 de maio de 2010

Porque um dia, fez passeio por um caminho montanhoso, coberto de estrelas vermelhas.

Ela decide deixar o lamento instalar-se. Sentia a falta, penava a ausência, e em ânsias repentinas mentia o que já foi um dia.
"O que foi feito da vida?"
Não sabia. E seu diálogo virando sempre num monólogo vazio, e os caminhos cada vez mais cruzados.
Relação passado-presente, memória. Ela, e a necessidade dela, correndo sozinha numa bicicleta azul. Bah... como é bom descer uma calçada!
Ontem sob o viaduto, podia voar de tão leve.
Era um retalho de veludo (vermelho, um sofá. Como aquele homem com voz de mulher...)
Um dente de leão (tinha bordado uma um dia. Poderia bordar de novo?)
Óh, bicho branco e comprido que mora na beira do mar enquanto o sol se põe.

Poderia pintar novas paredes com giz de cera?
Pintar o Cal?
Plantar um pimentão?
Não ter problemas com o vento encanado?

Ver o temporal chegar na ponta do Cachimbo (e outra vez, literalmente fugir dele em alta velocidade?)
E misturar tudo tudo. E gostar de tudo tudo, e crer. Principalmente crer.
E daí?

Podia fazer melhor.
Definitvamente!


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